O segundo dia começou com o desfile de Nuno Baltazar, a coleção foi uma interpretação pessoal do universo de Sophia Mello Breyner Anderson, a silhueta era muito feminina e tridimensional, entre propostas confortáveis e "easy wear". Os materiais eram luxuosos e as cores eram quentes e luminosas. Os acessórios continham apontamentos metálicos nos stilletos e nos botins rasos.
De seguida veio Lidija Kolovrat com a coleção Legend, em que os modelos interpretaram um super-herói, foi um desfile com uma vertente muito urbana com várias peças de street wear. As cores passaram do cinza suave ao azul elétrico, bom como o contraste do preto e branco.
O desfile de Saymyname, da designer Catarina Sequeira, teve como inspiração a vontade da mesma de ser uma revolucionária nos seus anos de juventude. O estilo foi um bocadinho grunge, com materiais como o vinil acolchoado, neopreno perfurado e pelo falso. As cores como o laranja, o branco e o tijolo sobressaíram imenso na paleta de cores.
Luís Carvalho apresentou a Blurred Nature, uma das melhores coleções até ao momento, com várias peças que todas as mulheres adorariam ter no seu armário. Houve um contraste de formas orgânicas e rígidas que surgiram também em materiais entre o fluído e o estruturado. O vermelho foi a cor predominante conjugada com preto, cinzento e cru. Um dos must-haves da coleção foram os sapatos e malas da marca Poise, vamos querer!
A coleção do Guest Designer Lukasz Jemiol foi uma surpresa agradável com peças muito femininas e elegantes, com formas minimalistas e sobreposições. Como em cada coleção, o designer concentrou-se em apresentar tecidos de alta qualidade. Nesta coleção o minimalismo foi enriquecido com toques de rock. As cores foram energéticas com o laranja e vermelho, combinados com antracite.
Os últimos do dia foram Ricardo Preto e Luís Buchinho. A coleção de Ricardo Preto juntou a delicadeza ao conforto, representando uma mulher à altura dos desafios. Luís Buchinho apresentou pela primeira vez na ModaLisboa a sua linha de knitwear, com peças fantásticas para o dia a dia na cidade.
Arranca hoje a 42ª edição da Moda Lisboa, no Pátio da Galé, onde até domingo vão desfilar as coleções para o outono/inverno 14/15 dos designers nacionais Valentim Quaresma, Alexandra Moura, Nuno Baltazar, Lidija Kolovrat, Saymyname, Luís Carvalho | Lab, Ricardo Preto, Luís Buchinho, Nuno Gama, Aleksandar Protic, Ricardo Andrez | Lab, Pedro Pedro, Dino Alves, Miguel Vieira e Filipe Faísca, e do guest designer polaco Lukasz Jemiol.
Tal como na estação passada, assistiremos hoje às 18h30, ao desfile Sangue Novo, que apresenta as ideias e coleções de um coletivo de jovens designers nacionais. São eles: Catarina Oliveira, Sofia Macedo, Ina Koelln, Nair Xavier, Cristina Real, 2ID (Sara Seidi e Rúben Damásio), Patrick de Pádua e Olga Noronha.
Além dos desfiles, a ModaLisboa Vision inclui também um conjunto de iniciativas abertas ao público nos Paços do Concelho, como o projeto Fast Talks about Fashion, um programa de conversas rápidas sobre moda, que nesta edição conta com a participação de cinco exemplos notáveis de empreendedorismo: as marcas Beeverycreative, Green Boots, Ideal & Co e La Paz, e também Paulo Gonçalves, dono da “The King & Queen Bethnal Green”, uma das cinco melhores lojas vintage da capital inglesa, e a senhora Vereadora da Economia, Inovação e Modernização da Câmara Municipal de Lisboa, Drª Graça Fonseca. A sessão decorre hoje, a partir das 16h00, no Salão Nobre. Na sala de exposições dos Paços do Concelho, apresentamos a 10ª edição da exposição de fotografia Workstation, onde seis fotógrafos convidados – Anna Balecho, Arlindo Camacho, Élio Nogueira, Sal Nunkachov, Seth Solo e Telma Russo – vão apresentar a sua visão da ModaLisboa Vision . A exposição pode ser visitada até domingo, entre as 15H00 e as 21H00, assim como a pop-up store Wonder Room, instalada na Sala do Arquivo, onde estão presentes seis dos jovens designers do Sangue Novo e uma seleção exclusiva de marcas portuguesas.
Muita criatividade e inovação são esperadas nesta edição. E para vos inspirar deixamos o video de apresentação desta edição.
O último dia de ModaLisboa começou sem muitos atrasos com os LAB: Say my Name. Um coleção intitulada de Baye Fall - um subgrupo da irmandade Mouride — grande ordem do sufismo Islâmico mais proeminente no Senegal que serviu de inspiração para a coleção.
Destacam-se os macacões, alguns envoltos em faixas pretas para delinear a forma, para além disso as saias, vestidos e calções curtos envoltos na cintura lembram panos enrolados ao corpo. As blusas oversize com fechos metálicos e os ombros pregueados abraçam a inspiração nos kaftan de grandes dimensões. Os tecidos utilizados foram o crepe elástico, nylon leve com ligeiro brilho, linho estruturado, linho de estampado étnico e imitação de papel metálico.
Seguiu-se a estreia do designer Luís Carvalho na ModaLisboa. a coleção denominada por 'Shelter' mostra peças simples onde predominam as sobreposições. A fusão entre o clássico e o descontraído permitiu que a coleção fosse ainda mais inovadora. Destaca-se ainda na coleção o contraste entre a silhueta XL e o contraste com os 'crops' em tons que variam entre o branco, cinzento, rosa seco, azul noite e metalizado.
Pedro Pedro inaugurou os desfiles no Pátio da Galé neste último dia e apresentou a sua coleção com a casa cheia! o estilista criou com o mote 'La femme qui chante' onde predominaram os contrastes com o intuito de criar um único sentido para a mulher. Os looks colonial e militar são transformados em visuais femininos que resultam numa coleção elétrica. A sobriedade da cor foi ao encontro das peças criadas e por isso foram usados o branco, bege, cinza, kaki e várias tonalidades de verde. Já os tecidos eram ricos e diversos, entre os algodões, veludos, seda e os bordados que deram o toque final à coleção.
A dupla Marques'Almeida prosegiu os desfiles e apresentou a sua coleção minimalista inspirada nos anos 90, com muito recurso as gangas - exito desta década. As peças variam entre saias, calças, casacos e tops com muitos esfarripados à mistura, conjugados com transparentes e assimétricos. As peças com pele de vaca, em tons de preto e camel, encerraram esta coleção.
Depois foi a vez de Ricardo Preto. O designer apresentou a sua coleção 'Sal' onde procurou mostrar a mulher como uma deusa urbana, misturando os looks despojados e urbanos com tecidos fluídos e esvoaçantes. Sem perder a elegância do visual feminino o criador deu um toque mais 'edgy' do visual masculino ás peças. Os tons como branco, cinza, preto e verde esmeralda composeram a paleta de cores tendo a mistura os metalizados. Destacam-se ainda a peças em camadadas, transparências e assimetrias em padrões manchados, geométricos e selvagens. A modela Nayma foi mais uma vez protagonista no desfile do designer tendo aberto e encerrado o desfile.
Aleksandar Protic foi o sexto do dia a apresentar a sua coleção, para o designer o verão não será colorido mas sim sombrio e roqueiro. Os tons escuros e o cabedal são detalhes bem presentes em toda a coleção mostrando uma mulher forte e sombria. As peças com modelagem assimétrica foram uma constante bem como a silhueta fluída e casual.
White Tent apresentou uma coleção inspirada nos uniformes de judo. Para quem já conhece a marca ficaria surpreendido com a introdução dos folhos e dos padrões vegetais. Já a nível de modelaagem tudo se mantém. A palete de cores contou com azul, rosa pálido e branco.
A encerrar a 41ª ModaLisboa Nuno Baltazar apresentou a coleção 'Stabat Matter'. Foi também um momento especial para o designer porque assinalou 15 anos de presença na ModaLisboa. Em relação à coleção em si, foram apresentadas silhuetas exuberantes, onde se destacaram as cores e o volume. Uma apresentação típica de Nuno Baltazar mas desta vez com visual mis natural graças ao recurso do easy wear e aos acessórios, como joias e óculos que tiveram grande destaque.
Miguel Vieira e Nuno Gama...que bela maneira para terminar este 2º dia e estas 12horas de ModaLisboa.
Miguel Vieira voltou às origens e desenvolveu uma coleção que cresceu e se transformou devido à necessidades das peças em se complementarem. A paleta cromática navegou dos tons pastéis à austeridade do preto, passando pela simplicidade do branco e à confiança do azul marinho. Foi sem dúvida uma grande surpresa ao apresentar pela primeira vez em Lisboa a sua coleção infantil que animou o público que assistia ao desfile, bem como as aplicações de strass e brilho que se complementaram na perfeição com os padrões desenvolvidos no seu próprio atelier.
Nuno Gama fechou este 2º dia com a coleção Mosaik, um patchwork de multiplicas referências culturais da nova realidade urbana Internacional. O azul foi o tom central homenageando o céu e a cerâmica portuguesa, uma das nossas maiores heranças culturais. Para completar a coleção, temos que falar dos modelos (como é óbvio), que desfilaram em troco nú apresentando as tendências de roupa interior e banho de Nuno Gama. De ressalvar também as novas parcerias do designer com a fábrica de porcelanas NG, com quem criou uma nova linha de capacetes Nuno Gama, com a Microsoft, para a qual criou uma nova linha de marroquinaria e com a Eureka.
E assim terminamos o 2º dia...amanhã há mais!!=)
A ModaLisboa está de volta e nós estivemos (e vamos estar todos os dias) por lá para vos contar todas as novidades.
Este primeiro dia contou com apenas 3 desfiles (não percebemos bem porque mas o desfile de V!tor foi cancelado à ultima da hora).
A grande novidade foi sem dúvida a volta do Sangue Novo, uma amostra de 10 novos talentos que e realmente trouxeram algo de novo e original à ModaLisboa. Alguns desfiles surpreenderam, outro nem tanto, mas aplaudimos esta iniciativa e a oportunidade que dão a estes novos talentos. (Vejam os desfiles aqui).
Depois foi a vez de Ricardo Andrez, já dentro do Paço dos Concelho, que apresentou uma coleção masculna desportiva onde as malhas, as redes e as parkas dominaram. Para terminar a noite, Lidija Kolovrat apresentou as suas propostas para a Primavera/Verão 2014. As estampagens desempenharam o papel de um conto de fadas e as silhuetas simples com inesperados drapeados, com cortes diagonais e aberturas no corpo.
No geral foi um dia calminho, por isso, achámos por bem apresentar-vos o espaço social e as ações que vão estar a decorrer durante esta edição da ModaLisboa.
A L'Oréal Professionnel, marca patrocinadora de cabelos, oferece o serviço de HairChalk, a nova coloração temporária que promete ser o novo acessório de moda.
A Heineken apresenta o novo design da sua garrafa de cerveja de um forma original.
A Samsung, destaca o novo Galaxy Note 3Gear.
A Nespresso, tal como anos decorridos, tem o seu stand de máquinas de café.
São várias as revistas a oferecer as edições antigas e brindes.
A Shiseido, oferece serviços de maquilhagem a quem quiser experimentar os seus produtos.
Nesta edição preparámos algo de diferente e mostramos um pouco do ambiente que se vive em bastidores...
Desfile Marques'Almeida - Para o próximo inverno a dupla de designers explora o eveningwear pela primeira vez, oferecendo opções de vestuário formal, mas mantendo-se fiel ao estilo street e a um sentimento de despreocupação, que tem vindo a caracterizar a estética da dupla. Nesta coleção foi também a primeira vez que a dupla trabalhou com tecidos mais nobres, como a seda selvagem, a pele de carneiro e o pony hair. A paleta de cores ficou a cargo do vermelho, branco e azul profundo, lembrando o espírito americano e tornando a coleção urbana mas sofisticada.
Desfile Vítor - V!tology foi o nome criado para a coleção de outono/inverno que traz consigo boas energias. Os coordenados mantiveram os estampados, com tecidos tecnológicos, sublimação em jersey e hoodies trabalhados com o toque característico da marca. Os deuses, as criaturas e as musas inspiradoras da coleção assumem diversas formas inesperadas ao longo da coleção, num desfile animado que contou com modelos de patins e animações em tons de laranja feitas de balões.
Desfile Dino Alves - O designer inspirou-se na história e nas marcas que cada um de nós vai deixando ao longo da vida. Pregas e machos sobrepostos criam um efeito fole que remete para páginas e folhas de livros. A sobreposição de painéis cria o mesmo efeito. Aplicações várias de painéis/badanas a imitar o efeito de folhas/páginas.
Desfile White Tent - Esta foi uma continuação do trabalho desenvolvido para a estação de outono/inverno 12/13, onde foram introduzidos materiais novos como o crepe de seda e o camuflado ton-sur-ton. Foram trabalhadas algumas malhas com estampados a foil dourado e introduziram lurex noutras. Jogos de color blocking também foram explorados numa coleção que, mantendo o caráter desportivo despojado, se tornou mais feminina e arrojada, mas sempre dentro de um registo minimal.
Desfile Filipe Faísca - Aqui destacamos a silhueta XL, com tecidos como o Burel, Moutons raze e jersey voile em viscose. Este desfile foi marcado por uma coreografia dinâmica onde várias modelos estavam em cena ao mesmo tempo e no final todas se sentaram no chão, tendo-se levantado apenas com a entrada de Filipe Faísca em cena.
Desfile Nuno Gama - O designer criou um conceito de marca sólido através da trilogia de mente perfeita / atitude perfeita /corpo perfeito. O designer dedicou esta comemoração à sua mãe, que faleceu recentemente e que segundo o mesmo foi a sua maior inspiração e incentivo. Nuno Gama criou nesta coleção um homem de silhueta longilínea, contrastada por troncos viris, com volumes mais ou menos próximos do corpo.
Os Burgueses - A dupla de designers Mia & Eleutério foram os seguintes a desfilar as suas ideias para o inverno 2014. Os estilistas criaram uma coleção intitulada Black Out, onde a cor predominante, tal como o nome indica, foi o preto. Neste desfile foi também possível ver a criação de acessórios como malas e mochilas e apontamentos de franjas nas diferentes peças. Pedro Pedro - 'The Proud Rebel' foi o nome encontrado pelo estilista para a coleção cujo conceito surgiu de retratos de famílias de índios Norte Americanos e no aspeto moderno e minimal que o seu vestuário apresenta. Nesta coleção vemos uma fusão entre o tribal e o ocidental, com recurso a silhuetas extra-large em tons de preto, branco, camel e verde
Alexandra Moura - Inspirada na origem de tudo e no lado animal, a designer quis criar uma nova raça humana com um novo código genético. A silhueta desta coleção é composta por linhas retas, simples, e tubulares em tons de preto, bege, amarelo torrado, azul índigo e branco. Os acessórios trazem uma forte componente estética e simbólica, a utilização do metal dourado que nos reporta ao Ouro, metal precioso com origem extraterrestre, segundo um estudo publicado na revista Science. A simbologia que traz para esta coleção é a origem de tudo, a beleza e a proteção, lembrando as primeiras civilizações terrestres.
Nuno Baltazar - O designer desfilou a sua clássica elegância no Pátio da Galé, mas desta vez com um toque de modernidade e jovialidade. O filme de 1992 'Orlando' foi o mote de inspiração do designer para esta coleção. Reinterpretações depuradas de detalhes de época, linha Coccon e H, golas de grande dimensão e especial destaque para o trabalho de ombros e mangas, pregas e aspetos masculinos. Os acessórios reforçam o caráter depurado e masculino da coleção pintada de pretos, verdes esmeralda, caramelo, verde musgo, branco e fuschia.
Ricardo Preto - Numa passerelle marcada por troncos, terra e nevoeiro as modelos de Ricardo Preto desfilaram por entre as brumas, deixando o público satisfeito com o espétaculo apresentado. O designer inspirou-se em Eileen Gray e no que ela vestiria. Nesse sentido criou uma coleção baseada numa mulher com uma silhueta longa e reta, usando materiais como marrocans de seda e lã e fazendas de caxemira. Os tons mostarda fundiram-se com os azuis, pretos e brancos. Kandinsky e Bauhaus inspiraram o designer em padrões geométricos, prestando homenagem ao cubismo.
Fotografias: Paulo Costa
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